quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Multinacional em Riachos manda 42 trabalhadores para o desemprego



Intenção foi comunicada na terça-feira, 24 de Novembro e, segundo a administração da Univeg, prende-se com o aumento da concorrência.

A administração da Univeg, uma multinacional de transformação e distribuição de produtos alimentares com sede em Riachos, Torres Novas, confirmou a intenção de despedir 42 pessoas, a maioria mulheres, dos 154 trabalhadores, que trabalhavam na “4ª Gama e de Embalamento e distribuição de frutas e legumes frescos”. O anúncio foi feito na última terça-feira, 24 de Novembro, data em que, segundo o apurado por O MIRANTE, administração, trabalhadores e um representante do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio estiveram reunidos no sentido de negociar as condições de saída dos trabalhadores.

A Univeg pertence a um grupo multinacional com sede na Bélgica que produz e comercializa produtos como sopas e saladas lavadas e prontas a consumir. A medida é justificada com base no aumento da concorrência. “Recentemente, as condições de mercado deterioraram-se, quer pelo aumento da concorrência quer pela alteração da estratégia de compra dos seus maiores clientes”, apontam num comunicado enviado a O MIRANTE na tarde de terça-feira.

O mesmo documento atesta que, apesar dos esforços desenvolvidos pela administração e trabalhadores no sentido de melhorar os resultados, através do controlo de custos, do desenvolvimento de novos produtos e da procura de novos mercados, “a rentabilidade da produção está de tal forma ameaçada, que a Administração da Univeg Portugal não tem outra alternativa”. A restante actividade, ou seja, a prestação de serviços de Logística (Frescos, Congelados e Peixe Fresco), em conjunto com a importação directa e a Exportação de produtos Portugueses, continuam a sua laboração normal. De acordo com a administração, o processo de encerramento será faseado gradualmente durante os próximos meses.

Em comunicado, o PCP de Torres Novas lamenta o despedimento colectivo, medida que consideram que vem agravar a situação social no concelho sendo legítimas as dúvidas quanto ao futuro da própria UNIVEG e portanto, dos restantes trabalhadores. “A situação da Univeg vem juntar-se a outras situações de empresas com graves dificuldades económicas no concelho, nomeadamente na Companhia de Torres Novas Fiação e Tecidos”, sublinham os comunistas torrejanos.

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