sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Matemático reservado que gosta de trabalhar nos bastidores


Aos 25 anos já dava aulas no Instituto Politécnico de Tomar mas Francisco Carvalho descobriu a vocação para a Matemática numa fase tardia da sua formação académica, que iniciou com um bacharelato na área da Engenharia Quimíca. Só mais tarde opta por fazer uma licenciatura em Estatística e, posteriormente, decide fazer o doutoramento na área da Matemática. “Só despertei para esta área depois de fazer uma licenciatura na área da Estatística e já depois de estar a leccionar”, disse a O MIRANTE. Levou quatro anos a concluir o seu trabalho de investigação, no âmbito do Doutoramento em Modelos Lineares. Considera que o maior fascínio da Matemática reside em conseguir descobrir novas técnicas e metodologias para resolver problemas que são colocados. “Ou então, perante um problema que já foi resolvido, tentar encontrar uma solução mais vantajosa para optimizar a resolução desse problema”, sintetiza. Reservado, não gosta muito de falar da sua vida pessoal e assume que prefere trabalhar nos bastidores.

Porque é que a maioria dos jovens foge da Matemática como o “diabo da cruz”?
É uma questão complicada. Penso que depende da maneira como são incentivados ao longo dos anos de formação. Não consigo responder muito bem a essa pergunta. A maioria dos nossos cursos – sou professor na Escola Superior de Gestão de Tomar - tem um maior pendor quer de Matemática, quer de Estatística, sobretudo os cursos de Engenharia e Gestão, que influenciam quase todas as matérias leccionadas.

Um professor que se limite a debitar a matéria não consegue cativar o aluno? Cada professor tem a sua metodologia e penso que falo por todos quando digo que tentam sempre captar o interesse dos alunos para a matéria que está a expor. É difícil avaliar porque é que é mais ou menos bem sucedido nesta missão. Nem todos os alunos são iguais e nem todos os métodos resultam com todos os alunos. Tentamos sempre apresentar um exemplo ou uma aplicação diferente de modo a cativar o interesse por parte dos alunos. É esse o nosso objectivo.

Mas como é que se consegue despertar a atenção por parte do aluno?
Mais do que a quantidade de exercícios realizados, é importante a diversidade e mostrar qual a aplicabilidade dessa matemática em meio real. Ou seja, tentar demonstrar que aqueles conhecimentos que estamos a transmitir têm uma aplicação prática para o curso ou formação que estão a receber.

Há a ideia que a maior parte dos nossos “crânios” da Matemática optam por desenvolver a sua investigação no estrangeiro…
Não concordo. Cada vez se vê mais investigação a ser feita em Portugal e por isso está a ser mais apoiada. Reconheço que a “fuga” para o estrangeiro poderá acontecer em algumas áreas de ponta, uma vez que podem não existir os meios tecnológicos necessários para progredir na investigação. Também é verdade que há muitos investigadores estrangeiros. Este intercâmbio entre investigadores portugueses e estrangeiros é já natural.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

De barco para os Paços do Concelho


Um presidente de Câmara que se desloca de barco para o trabalho: deve ser caso único em Portugal. Acontece em Constância, desde que a ponte que liga Praia do Ribatejo a Constância sul foi encerrada por determinação da Refer.


A paisagem é bucólica. Ouvem-se os pássaros. Um enorme rebanho de ovelhas aparece de rompante. A areia é incómoda, especialmente para as senhoras que com o calor que se faz sentir preferem usar calçado mais aberto. Estamos no ancoradouro municipal de Constância-Sul onde, desde quarta-feira, 23 de Julho - dia em que a ponte que liga Praia do Ribatejo a Constância-Sul foi encerrada ao trânsito automóvel - centenas de pessoas vão apanhar o barco até à outra margem, evitando ter que percorrer uma distância de 40 quilómetros de carro, por Abrantes.

Máximo Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Constância, eleito pela CDU, é um dos passageiros. Mora em Constância-Sul, numa casa erguida numa colina, mesmo ao lado da Capela de Santo António. O despertador toca cedo. Mete-se a pé durante um quilómetro e pouco tempo demora até chegar ao ancoradouro municipal, onde a embarcação “Camões” pouco tempo pára. Dali, tem que percorrer mais 800 metros a pé até aos Paços do Concelho. Sempre a subir. “Este sacrifício supera-se com alguma facilidade mas a angústia de ver um concelho divido não passa. Ainda por cima, devido a uma decisão que é muito discutível”, refere Máximo Ferreira a O MIRANTE.

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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Idosos da freguesia de Paialvo foram passear até ao Gerês




Cerca de cinquenta idosos da freguesia de Paialvo, Tomar, participaram na segunda-feira, 26 de Julho, num passeio até São Bento da Porta Aberta, concelho de Paredes de Coura, Viana do Castelo. Os participantes viajaram no novo autocarro da Câmara Municipal de Tomar e ficaram a conhecer a região do Gerês, mostrando-se deslumbrados com a paisagem natural. Para Luís Antunes, actual presidente da Junta de Freguesia de Paialvo (em substituição de Custódio Ferreira que pediu a suspensão de mandato por seis meses), constata-se que “se não fossem estas iniciativas alguns avózinhos passavam um Verão sem dar um passeio”. O autarca conta que “foi uma alegria, durante o trajecto, com os idosos a recordar cantigas e histórias brejeiras dos velhos tempos”. Por este motivo quer concretizar outros passeios idênticos, já nos dias 7 e 11 de Agosto, este último mais

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Muitos curiosos a ver planetas e estrelas em Constância


Astrofesta no Ciência Viva de Constância

Coube ao Afonso a honra de fazer de ponteiro no Relógio de Sol Anamelático, um dos vários módulos exteriores que se podem encontrar no Centro de Ciência Viva de Constância - Parque de Astronomia, localizado no Alto de Santa Bárbara, em Constância. A sombra do rapaz, integrado num grupo de visitantes que participava no segundo dia da Astrofesta, marcava as 16h30 mas na realidade já eram 17h32. “Existe uma diferença de uma entre a hora solar e a nossa”, explicou Ana Maria Dias, coordenadora pedagógica do Centro de Ciência Viva de Constância, que fez a visita guiada pelo espaço, abrigada com um original chapéu-de-sol. O certame, que vai na sua terceira edição, foi organizado em colaboração com o Museu de Ciência da Universidade de Lisboa e o apoio da Câmara municipal de Constância.

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Câmara de Tomar organiza “Festival de Estátuas” com personagens históricas



Desde o centro da cidade até ao Castelo dos Templários, num percurso de 500 metros, o evento vai contar com 20 homens estátua, considerados pela organização como os melhores na área.
Eram 20h02 quando “Luís de Camões” chegou à estação da CP em Tomar, na segunda-feira, 19 de Julho. Assim que desceu da carruagem, imobilizou-se no apeadeiro, causando alguns risos e curiosidade nos que circulavam a passo apressado. O local depressa ficou vazio e a performance do artista não durou mais do que cinco minutos. Esta foi a forma original que a Câmara Municipal de Tomar escolheu para apresentar o I Festival de Estátuas Vivas de Tomar, um evento que vai contar a História de Portugal através da exposição de homens estátua, no fim-de-semana de 18 e 19 de Setembro.

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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Um pequeno grande Templário



Apesar do entusiasmo que mostrara durante toda a manhã, não foi fácil convencer o pequeno Adriano, de quatro anos, a tirar uma fotografia junto ao mouro, o escocês Lucien, que minutos havia “lutado” contra um templário na Porta da Almedina, no Castelo de Tomar. Manuel Navalho e João Patrício (2.º à esquerda) invocaram a extinção dos templários. O menino trouxe de casa a fantasia de cavaleiro, uma das suas favoritas e foi um dos cerca de 70 espectadores que assistiu à evocação do Cerco de Tomar de 1190, recriada pela Templ’Anima – Associação Cultural com o apoio da câmara municipal. Pais e avós, naturais de Tomar mas a residir em França, aproveitaram esta época de férias para alimentar um pouco o imaginário do petiz que deu nas vistas por se apresentar vestido a rigor. “Ele adora tudo o que tem a ver com cavaleiros. Vimos que isto ia acontecer na internet e decidimos trazê-lo”, disse o pai de Adriano que também aproveitou a ocasião para registar o momento para a posterioridade.

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A guardiã do Templo




Nos últimos anos, mesmo adoentada, chegou a fugir de casa dos filhos em direcção à emblemática capela de Tomar onde passou toda uma vida.


Com 91 anos já feitos, Maria da Luz pouco fala e já tem dificuldade em reconhecer a família. É pela voz embargada da filha, Maria de Lurdes, e do genro, Arménio Silva, que conhecemos a história desta tomarense que dedicou grande parte da sua vida, mais concretamente 56 anos, a cuidar e a zelar pela Capela de Nossa Senhora da Piedade. Inicialmente conhecida como Capela da Senhora do Monte, o templo está erguido num local com vista panorâmica sobre a cidade de Tomar.

Nascida no Carril, freguesia da Junceira, a 16 de Março de 1919, Maria da Luz foi trabalhar para Tomar com 11 anos, como empregada doméstica em casa de Augusto Silveira, homem influente na cidade. Tinha 25 anos quando foi convidada pelo pároco local, por intercessão do seu patrão e padrinho de casamento, para zelar pela capela Nossa Sra. da Piedade. Chegou a ganhar 75 escudos por mês (5 tostões por dia), subsídio que lhe foi retirado em 1962 por decisão do padre David, que guiava os destinos da paróquia à data. A única moeda de troca residia no facto de poder viver, sem pagar renda, numa habitação contígua ao templo. Ali casou e teve os seus três filhos (Aníbal, Henrique e Maria de Lurdes) que, por sua vez, também ali lhe deram alguns dos seus netos.


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