sexta-feira, 18 de junho de 2010

Uma estranha forma de vida…ou talvez não



António Moreira ouviu falar de Tomar numa rádio e decidiu assentar arraiais na cidade templária em Janeiro de 2009, onde é vagabundo por opção.

Toca o despertador. Resmunga. Faz a sua higiene, veste-se, toma o pequeno-almoço e mete-se dentro do carro ou apanha transporte até ao seu local de trabalho onde permanece sete ou oito horas. É assim a rotina diária de milhares de pessoas. António Moreira não quis pertencer a esta fatia. É um out-sider por convicção. Aos 45 anos, define-se como um espírito livre. Não quis ser escravo da rotina. Vive com pouco, mas garante que é feliz.

Passa os dias à porta do Convento de Santa Iria, junto à ponte velha em Tomar, cidade onde escolheu prolongar esta “estranha forma de vida” como dizia o fado de Amália. Sentado ou de pé, muitas pessoas já se habituaram a vê-lo, metido nos seus pensamentos ou a falar cordialmente com quem passa. A mochila verde tropa, carregada de colchões e sacos cama, está sempre por perto. Alto, de cabelo loiro de estilo “rasta” gosta de conversar. “Sinto-me bem aqui. Tive uma vida difícil mas sou educado. Respeito toda a gente e sou respeitado”, aponta, salientado que até há quem já estranhe quando não o vê por ali.

(Leia a estória completa aqui)

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