quinta-feira, 29 de julho de 2010

De barco para os Paços do Concelho


Um presidente de Câmara que se desloca de barco para o trabalho: deve ser caso único em Portugal. Acontece em Constância, desde que a ponte que liga Praia do Ribatejo a Constância sul foi encerrada por determinação da Refer.


A paisagem é bucólica. Ouvem-se os pássaros. Um enorme rebanho de ovelhas aparece de rompante. A areia é incómoda, especialmente para as senhoras que com o calor que se faz sentir preferem usar calçado mais aberto. Estamos no ancoradouro municipal de Constância-Sul onde, desde quarta-feira, 23 de Julho - dia em que a ponte que liga Praia do Ribatejo a Constância-Sul foi encerrada ao trânsito automóvel - centenas de pessoas vão apanhar o barco até à outra margem, evitando ter que percorrer uma distância de 40 quilómetros de carro, por Abrantes.

Máximo Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Constância, eleito pela CDU, é um dos passageiros. Mora em Constância-Sul, numa casa erguida numa colina, mesmo ao lado da Capela de Santo António. O despertador toca cedo. Mete-se a pé durante um quilómetro e pouco tempo demora até chegar ao ancoradouro municipal, onde a embarcação “Camões” pouco tempo pára. Dali, tem que percorrer mais 800 metros a pé até aos Paços do Concelho. Sempre a subir. “Este sacrifício supera-se com alguma facilidade mas a angústia de ver um concelho divido não passa. Ainda por cima, devido a uma decisão que é muito discutível”, refere Máximo Ferreira a O MIRANTE.

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